Governador da Bahia afirma, em discurso simbólico, que é hora de encerrar o ciclo do ódio e construir pontes entre diferentes visões políticas
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), reacendeu o debate público sobre os rumos da política brasileira ao fazer uma declaração simbólica durante um evento recente. Ao afirmar que seria necessário “enterrar numa vala os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro”, o gestor baiano gerou repercussão nacional. Contudo, sua equipe e apoiadores destacaram que a fala teve caráter figurado e reforçou o compromisso do governador com o fim da intolerância e a promoção de um novo ciclo de união.
Segundo interlocutores do governo, a frase foi retirada de seu contexto original e representava, na verdade, uma crítica ao discurso de ódio e à exclusão social que marcaram parte do cenário político recente. “Foi uma metáfora. Jerônimo falava sobre deixar para trás práticas que dividem a população, para abrir espaço ao diálogo e à reconstrução social”, explicou um assessor próximo.
Professor de formação, filho da zona rural e com uma trajetória ligada às causas sociais, Jerônimo tem feito uma gestão voltada à promoção da igualdade e ao fortalecimento de políticas públicas para os mais vulneráveis. Suas ações priorizam a inclusão, o combate ao racismo estrutural e o respeito à diversidade religiosa e cultural da Bahia.
“Jerônimo representa uma nova forma de fazer política: próxima do povo, sensível às dores das comunidades e atenta à escuta das diferenças. Ele fala com firmeza, mas com o coração voltado para a paz”, destacou um membro da equipe de comunicação do governo.
Apesar das críticas vindas de setores da oposição, o discurso encontrou ressonância positiva entre lideranças sociais, militantes e apoiadores, que enxergaram na fala um chamado à superação das divisões que marcaram os últimos anos. “Foi um apelo para enterrarmos o que nos afasta — como o preconceito e o ódio — e cultivarmos o que nos une: a solidariedade, o respeito e o cuidado com o outro”, afirmou uma participante do evento.
O governador ainda não se pronunciou publicamente sobre a repercussão, mas interlocutores afirmam que ele segue focado em sua agenda de compromissos e vê a controvérsia como uma oportunidade de aprofundar o debate sobre o papel da política na construção de uma sociedade mais justa.
Para sua base e para boa parte da opinião pública que o acompanha, a mensagem principal está clara: é tempo de reconstruir. E isso passa por deixar no passado a lógica do confronto e investir em pontes de respeito, escuta e participação coletiva.
